Preguiça e Xande se enfrentaram na final do Grand Slam do Rio. Foto: Carlos Arthur Jr.
O Brazil National Pro de Jiu-Jitsu, maior torneio nacional da
modalidade, desembarcará, pela primeira vez, em Manaus, nos dias 11 e 12
de fevereiro de 2017. O evento, que é promovido pela Federação
Brasileira de Jiu-Jitsu (FBJJ), em parceria com a Federação de Jiu-Jitsu
dos Emirados Árabes Unidos (UAEJJF) e a Secretaria de Juventude,
Esporte e Lazer do Estado do Amazonas (Sejel), será realizado na Arena
Amadeu Teixeira, com a expectativa de receber mais de 2 mil
competidores.
Os vencedores do Brazil National Pro também serão contemplados com
pacotes para a disputa do Abu Dhabi World Pro, nos Emirados Árabes, em
abril de 2017. A competição é uma das mais importantes do mundo e reúne
os principais nomes do Jiu-Jitsu da atualidade, tendo transmissão ao
vivo do Combate.
“Não tenho dúvidas que será uma das maiores edições que já realizamos
no Brasil. Manaus é uma cidade que respira Jiu-Jitsu, grandes faixas
pretas como Ronaldo Jacaré e Saulo Ribeiro saíram de lá. É uma terra que
sempre apoiou o esporte e os atletas da modalidade, por isso temos a
convicção que será um grande sucesso”, declara o presidente da
Federação, Walter Mattos.
Para o titular da Sejel, Fabricio Lima, Manaus vai surpreender ao ser
sede do Brasil National Pro e o evento ainda vai contribuir com o
turismo esportivo da Capital.
“É a primeira vez que vamos receber esta etapa tão importante e
agradeço pela confiança e oportunidade. O Amazonas é um celeiro de bons
lutadores e eles merecem esta oportunidade dentro de casa. Tenho certeza
que todos os atletas de fora vão gostar muito da receptividade do nosso
povo, da nossa cultura e dos nossos pontos turísticos. Até porque,
encaro a competição não só como algo importante para o esporte, mas
também como uma chance de colaborar com a nossa economia, uma vez que
vamos movimentar hotéis, restaurantes, lojas, entre outros”, destacou.
O ex-campeão mundial de MMA Rodrigo Minotauro, que recententemente
foi oficializado como vice-presidente da FBJJ, elogiou a escolha de
Manaus como sede do evento.
“Foi uma ótima escolha, já estive em Manaus diversas vezes e pude ver
o amor e o comprometimento do povo com as artes marciais, especialmente
o Jiu-Jitsu. É uma terra de guerreiros e não tenho dúvidas que será um
sucesso. Estarei lá para acompanhar de perto e privilegiar esse grande
acontecimento”, afirma.
As inscrições para o Brazil National Pro já podem ser feitas através
do site da UAEJJF (www.uaejjf.org) e no www.soucompetidor.com.br.
(Fonte: Assessoria de imprensa)
Muitos lutadores acreditam que para desenvolver uma tática de luta mais
agressiva é preciso mudar todo o estilo de luta no jiu-jitsu. Não é
necessário mudar todo o seu estilo, mas sim fazer adaptações em alguns
detalhes para desenvolver um jogo mais agressivo e focar na finalização.
Você precisa manter esse jogo porque na hora da pressão vai ser o seu
estilo que vai te deixar mais confortável no momento da luta (seja você
passador ou guardeiro).
DICA 2: PREPARAÇÃO FÍSICA É UM DIFERENCIAL NO JIU-JITSU
Pontuar também é importante hoje em dia, mas você precisa estar com sua
preparação física e gás em dia, porque em um campeonato de jiu-jitsu
você tem que fazer em média de 3 a 5 lutas para ser campeão. Por isso é
de extremamente importante você estar bem preparado(a) para aguentar 5
lutas de 6 minutos (o tempo varia de acordo com sua graduação) cada só
pontuando.
DICA 3: ARRISQUE MAIS NOS TREINOS DE JIU-JITSU
Bernardo Faria, diz que para você tornar o seu jiu-jitsu mais agressivo e finalizar
mais, você precisa pensar em uma finalização das posições que mais te
favorecerem. Por exemplo: Quando você raspar seu adversário, você
estabiliza a posição por 3 segundos (como se fosse ganhar os 4 pontos da
montada) e já parte para uma finalização (arm-lock ou estrangulamento
por exemplo), isso vai te ajudar a tornar o seu jogo mais agressivo e
voltado para as finalizações.
DICA 4: CONVERSE SEMPRE COM O SEU PROFESSOR (MESTRE)
Ele é o cara que conhece o seu jiu-jitsu como ninguém e saberá te
auxiliar e agregar muito na melhoria contínua do seu jogo e estratégia.
Faixa-preta Fabiano Boi, líder da FF Team, dá uma aula recheada de detalhes para você.
O professor dividiu conosco algumas de suas transições preferidas,
posições estas que o competidor costuma usar em torneios pelo Brasil e
pelo mundo.
Confira abaixo a aula:
Campeão de Jiu-Jitsu, Rodolfo Vieira estreia no MMA em fevereiro no Brasil
Rodolfo dá seu primeiro passo em busca de seu sonho no MMA. Foto: Marcelo Dunlop
Campeão mundial absoluto na faixa-preta e campeão do ADCC, Rodolfo
Veira está com mais um passo definido em sua transição para o MMA. Após
meses de especulação, está confirmada a estreia da fera.
Divulgado em primeira mão pelo Portal do Vale Tudo, e confirmado por
GRACIEMAG com fontes próximas à situação, Rodolfo fará sua estreia no
evento Real Fight MMA, marcado para o dia 11 de fevereiro, no ginásio do
Ibirapuera, em São Paulo.
O adversário, ainda não definido, será divulgado nas próximas
semanas. Ainda no card, teremos nomes como Jorge Patino Macaco e Akihiro
Gono, veterano japonês conhecido por suas entradas extravagantes para
lutar.
Campeão mundial na faixa-preta em 2002 e ex-atleta do UFC,
Delson Pé de Chumbo é um velho conhecido das baias de Jiu-Jitsu. Aos 39
anos de idade, o professor da academia Pitbull, em Teresópolis, nunca
exitou em se testar contra a jovem safra do Jiu-Jitsu, e sua
participação na Copa Podio provou isso.
Em meio a feras como Felipe Preguiça, Victor Honório e Erberth
Santos, Pé de Chumbo entrou com raça, mas acabou não avançando na
competição. Contudo, um lance espetacular marcou sua presença no
torneio. Ao encarar o sedento Preguiça, campeão do torneio em questão,
Delson aplicou uma passagem acrobática para chegar ao lado e quase
finalizar. Os três pontos, porém, não foram suficientes para a vitória.
No vídeo abaixo, o faixa-preta relembra o golpe e mostra os detalhes
para ajustar a pegada e passar a guarda girando por cima com um
movimento plástico. Confira!
Renzo se viu em maus lençóis contra Marcelinho, mas a calma nunca lhe abandonou.
Foto: Gustavo Aragão
O sufoco. A pressão. A falta de ar. Seja um faixa-branca ou um astro
do UFC, você sabe bem do que falamos aqui. Todos nós já estivemos em
situações-limite, um beco escuro e apertado em que você se arrasta numa
direção enquanto sua cabeça implora que você siga para o outro lado.
Desde o primeiro treino, o Jiu-Jitsu nos ensina a buscar a calma
necessária para avaliarmos a melhor saída.
Dar os três tapinhas pode ser uma delas, claro. Mas como ter certeza
disso se quem batucou foi o desesperado que vive em você? A seguir,
diversos campeões da arte suave vão ajudar nessa instigante busca por
respostas.
Rodrigo Minotauro
Ícone da calma, Rodrigo Minotauro foi capaz de manter seu plano
tático mesmo com os 170kg de Bob Sapp caçando-o pelo ringue do Pride, em
2002. O macete: uma confiança inabalável no seu jogo, construída
diariamente nos treinos em que, por exemplo, acostumou-se a fazer 100
repetições de chave de braço. Quando a oportunidade aparecesse na luta,
Minota tinha certeza de que o golpe sairia no automático.
“Outra rotina era discutir com os treinadores cada aspecto do jogo do
adversário e prever como ele poderia me colocar em risco. Com isso tudo
debatido ao extremo, na horado sufoco você fica tranquilo, pois já
visualizou a situação antes”, o peso pesado costuma explicar.
“Para manter a calma, é necessário acreditar na sua estratégia. Essa
confiança é o que impede você de, numa situação terrível, abandonar o
navio e largar o planejamento feito a troco de nada. Aprender a se
tranquilizar ao ouvir a voz do córner também é um macete. Com fé nos
treinadores,você divide a ansiedade”.
Sobre o treino em si, Minota ensina: “Eu procurava fazer um rodízio
de treinamentos, com vários caras descansados. Treinava com um, com
outro e no terceiro treino já estava morto, então tinha de ir na
malandragem. É um bom sistema, a cada rodada você pega um cara fresco”.
É a velha lição de deixar a vaidade de lado na academia, para se
tornar imbatível na luta à vera. “O segredo para manter a calma e
escapar do sufoco, portanto, está nos seus treinos. Se você não toma
pressão nos treinos, certamente numa hora difícil da luta não consegue
virar. Quando passar por uma situação difícil, tem que estar acostumado
com aquilo.”
Renzo Gracie
“O apavoramento é a última instância numa luta”, ensina mestre Renzo
Gracie, referindo-se tanto ao Jiu-Jitsu como ao MMA, mas cá entre nós, a
lição vale para qualquer batalha, qualquer momento de sua vida. O pavor
e o pânico, na visão de Renzo, são fatais. Com sentimentos assim no
comando, as chances de vitória são mínimas. Renzo já esteve no limite em
diversas ocasiões.
No Jiu-Jitsu, no caso sem kimono, assustou-se quando o menino Marcelo
Garcia ganhou suas costas, no ADCC 2003, e ameaçou sufocá-lo. Renzo
assustou-se, sim, mas jamais se apavorou. Respirou fundo, tomou ar, e se
livrou do afogamento pela onda Marcelinho. O que o levou a se livrar
dos ganchos, defender o golpe e nadar em segurança até o fim do combate?
O que o acalmou a ponto de lembrar a técnica que o permitiria sair vivo
dali, ainda que derrotado nos pontos? A crença irredutível num dos
lemas que veio de seu avô Carlos, e hoje também é defendido pelo primo
Roger:
“O segredo de cada luta é a paciência. A pessoa tem que lutar mais
com a mente do que com o corpo”. Certo de que o adversário pode estar
quase derrotando seu corpo, mas sua cabeça é fortaleza impenetrável, o
atleta desenvolve uma dureza mental que permite buscar nos labirintos
das lembranças o jeito certo de defender o golpe.
Augusto Tanquinho
“Para mim, manter a calma significa manter a concentração. Costumo me
concentrar pensando em todo o meu treinamento até o campeonato, em tudo
o que passei no meu dia a dia, tento entrar na área de combate
extremamente focado, colocando em prática o que realmente posso render,
acreditando que nenhum adversário é invencível. O atleta precisa
acreditar no próprio treinamento. Na hora do sufoco numa competição, eu
costumo pensar que já passei por coisa pior durante meus treinos e que
tenho todas as armas necessárias para me livrar da situação de perigo.”
Demian Maia
Marcelo Garcia nas suas costas ou Anderson Silva à sua frente,
fintando golpes e xingando, o que você prefere? Inspire, calma. Este
segundo caso de pressão total foi experimentado por Demian Maia,
derrotado por Anderson via decisão dos jurados, em abril de 2010, no UFC
de Abu Dhabi. Uma luta que rendeu lições. “Ele recorreu até a palavrões
para me desestabilizar, fez coisas que eu nunca tinha visto na vida.
Mas isso não me desconcentrou porque eu sabia que ia ser uma guerra
mental, mais do que física”, contou Demian à época. Durante cinco
rounds, ele jamais renegou sua estratégia nem partiu para o revide.
“Eu jamais podia atacar como um louco. Ele é lutador de
contra-ataque, e provoca para o rival entrar no jogo. Eu sabia disso, e
para me preparar treinei com sparrings que também me provocavam, me
atiçavam nas horas complicadas. No fim das contas, acertei golpes nele e
ganhei confiança, mas deveria ter começado a fazer isso antes. A lição
que ficou é que pensar em vingança ao lutar é um tipo de pensamento que
só tem dois resultados: ou você perde, ou faz algo parecido com o que
vimos em Abu Dhabi. Nunca é uma vitória.”
Rômulo Barral
“O excesso de adrenalina consome totalmente o gás durante a luta.
Existe muita pressão e a ansiedade pode acabar com qualquer lutador”,
resume o tricampeão mundial de Jiu-Jitsu e ex-lutador do UFC Frédson
Paixão.
Isso quer dizer que o pensamento pode desencadear uma série de
fatores negativos. Podem atrapalhar as noites de sono antes dos
desafios, diminuir drasticamente o gás durante a disputa, deixar o
lutador apático, sujeito a se expor, e, por fim, aumentar o desespero na
hora do aperto. Por outro lado, a força da mente pode ter efeitos
benéficos. Por exemplo, deixar o atleta mais preparado para todos os
momentos, pronto para achar a saída e escapar com rapidez e inteligência
das armadilhas que aparecerem.
O macete é ensinado por um companheiro de Frédson, Rominho Barral:
“Antes e depois da luta, procuro manter pensamentos positivos em todas
as situações. A mente trabalha junto com o corpo no Jiu-Jitsu. Pode
estar bem condicionado, forte, mas se a cabeça não estiver bem o corpo
não acompanha. Então treine a mente e o corpo acompanhará”, comenta
Barral. O faixa-preta explica a técnica que usa para deixar a mente
preparada para os grandes desafios: “Tento visualizar o que farei, o
ritmo que vou imprimir, o rosto do oponente, os momentos antes e durante
a luta e, claro, meu braço sendo erguido no final. Procuro pensar
sempre no que eu vou fazer, não tanto no que o meu adversário fará.
Pensamentos negativos não podem passar na cabeça do atleta, pois
atrapalham. Visualizar e mentalizar a luta é muito importante”.
Tática parecida é utilizada pela revelação do Jiu-Jitsu Marcus
Bochecha: “Mentalizo tudo o que passei todos os dias para estar ali,
tudo o que foi feito para eu ter chegado aonde cheguei. Penso em todo
meu treinamento e ponho na
cabeça que estou preparado para aquele momento”. Repare que tais
exercícios servem para diversas situações da vida, portanto comece a
praticá-los hoje.
Álvaro Romano
“Me ajuda muito um método de respiração que aprendi com os
professores Álvaro e Raphael Romano”, receita a professora da Gracie
Humaitá Letícia Ribeiro. “São movimentos da ioga adaptados ao Jiu-Jitsu
pela Ginástica Natural. É muito bom, sempre uso antes das lutas e depois
dos treinos”. Depois da dica de Letícia, só nos restou ir à fonte,
nosso colunista Alvinho Romano.
“A respiração para manter a calma é a respiração abdominal ou
diafragmática. O importante é tentar respirar pelo abdome da seguinte
forma: quando inspirar, dilatar o abdome e, quando expirar, contrair
suavemente”, explicou Romano. Imagine uma garrafa, quando a enchemos de
água. A garrafa fica cheia da parte de baixo para cima e, na hora de
esvaziar, de cima para baixo. Com o oxigênio, funciona da mesma maneira.
Primeiro enchemos a parte do diafragma de ar e por último estufamos o
peito, para soltar o oxigênio o movimento é exatamente o contrário.
“Porém, esta respiração não é a ideal momentos antes de uma luta,
pois ela relaxa muito e diminui o tempo de reação. Esta respiração é boa
para o dia anterior, quando o atleta está ansioso, às vezes com
dificuldade de dormir”, ressalta Álvaro. “Nos momentos antes de uma luta
o ideal é a respiração abdominal de forma acelerada, para
hiperventilar”, completa o especialista. “Já durante a luta, quando o
atleta está se sentindo cansado, às vezes após um momento de pressão, o
ideal é soltar o ar pela boca. Assim, você ajuda a diminuir a quantidade
de ácido lático que é responsável pela fadiga. Esta é uma técnica que
utilizo muito com os atletas que treino”
Frédson Paixão
Existem algumas formas de programar sua reação para os piores
momentos. Já falamos da repetição de movimentos, sejam os de ataque ou
de defesa. Mas, para complementar, nada melhor que os chamados treinos
específicos. Como disse Roger Gracie, tricampeão mundial absoluto, é
necessário sair da zona de conforto e se colocar em perigo, mesmo que
isso custe ser derrotado num treino. É como treina Frédson Paixão.
“Comece o rola com o cara nas suas costas, já com o estrangulamento
encaixado. É preciso simular situações que podem acontecer na luta. Se
você mantiver a calma no treinamento, na competição isso passa a ser
algo normal, não te pega de surpresa e diminui o desespero. A sua mente
já está treinada para esse tipo de situação”, resume o faixa-preta de
Osvaldo Alves.
Alguns treinamentos desse tipo são bem conhecidos. Deixe, por
exemplo, o companheiro de treinos trabalhar na sua meia-guarda entre um a
dois minutos. Se ele passar a guarda ou finalizar, volte para a posição
inicial. Se você repuser a guarda, raspar ou finalizar, também volte.
Repita esse esquema com o companheiro imobilizando de diversas
formas, no cem-quilos, nas costas, na montada e em outras situações de
risco. Michael Langhi dá um incrementada nesse tipo de treino
específico: “Com o tempo, procure mentalizar que você já começou o
treino atrás no placar. Então, além de sair do sufoco, a missão será
reverter o placar. Defesa é tão importante quanto o ataque. Dessa forma,
o atleta fica pronto psicologicamente para reverter placares adversos.”
Rafael Mendes
“Acredito que só conseguimos ficar calmos se estivermos treinados.
Treino é sempre a base de tudo. Pratico muito situações específicas, com
o parceiro começando em posições favoráveis a ele, como ataque pelas
costas, cem-quilos, montada… Assim posso estudar as defesas e manter a
calma para não dar oportunidades para o adversário alcançar as
finalizações. O maior erro que um lutador de Jiu-Jitsu pode cometer é
perder a calma e tentar sair de uma posição na marra, de qualquer jeito,
no desespero. Se você fizer isso, provavelmente vai ser finalizado. O
melhor é manter a concentração e trabalhar a defesa. Para isso é
necessário confiança, e confiança nada mais é que a certeza de que
estamos preparados para vencer.”
Michael Langhi
O afogado que se debate, aprendemos no Jiu-Jitsu, só vai mais rápido
para o fundo. Helio Gracie sempre disse: “Eu não venço nenhuma luta.
Meus adversários é que fazem força, cansam e perdem”.
Carlos Gracie pedia a seus alunos que procurassem treinar de boca
fechada, para aumentar a capacidade pulmonar, ganhar fôlego e com isso
deixar o cérebro oxigenado trabalhar melhor. A boca fechada, com o
semblante sereno, prestava-se a um outro fator: minar o oponente
psicologicamente.
Sim, como no pôquer, no Jiu-Jitsu você também precisa “enganar” o
oponente o tempo todo, não demonstrar os sentimentos. Mesmo que, para
isso, seja necessário encenar,como fez Michael Langhi. No Mundial 2010, o
bicampeão mundial impressionou a todos quando tirou o kimono após a
final, exibindo uma incômoda tala no ombro. “Todo mundo cansa ou sente
alguma aflição ou dor. Eu já estive cansado ou lesionado em várias
lutas. A fisionomia calma frustra o seu adversário. Ele ataca, ataca e,
quando olha, você está tranquilo, sem aparentar desespero. É preciso
ensaiar isso nos treinos”, declara Langhi.
O também levinho Frédson Paixão chama a atenção para outro artifício
da encenação. “Muitos tentam enganar o adversário interpretando que
estão bem. Mas também há os que estão em boas condições, mas fingem que
estão mal, no bagaço. De repente, dão o bote com tudo e viram o jogo.
Usam desse meio para enganar e é preciso prestar bastante atenção para
perceber se é verdade”. Frédson tem um antídoto que costuma dar certo:
“Quando olho no olho do adversário, já sinto se ele está angustiado ou
nervoso, se é verdade ou puro teatro.”
Presidente da FBJJ cita 'bonde dos árabes' para Jiu-Jitsu virar Olímpico: 'Caminhando muito forte'
No último dia 12 de novembro, o Rio de Janeiro foi palco de
mais uma edição do Abu Dhabi Grand Slam da UAEJJF. O evento bateu todos
os recordes e teve mais de dois mil lutadores inscritos para dois dias
de competições - sendo que em 2015, o número foi de cerca de mil
atletas. Além disso, o evento teve uma grande repercussão na mídia -
nacional e internacional - e chamou ainda mais atenção para o Jiu-Jitsu
olímpico, como contou Walter Mattos, presidente da Federação Brasileira
de Jiu-Jitsu (FBJJ), que citou o "bonde dos árabes".
Walter Mattos espera um 2017 ainda melhor para o Jiu-Jitsu, UAEJJF e FBJJ (Foto divulgação)
"A repercussão do Grand Slam foi fantástica. Foi um dos melhores
eventos da temporada e só está indo para cima. Quanto ao 'bonde dos
árabes', o caminho de investir na construção do esporte olímpico é
total. Essa é a meta da organização, que o esporte se torne olímpico, e
estamos caminhando muito forte no lado político e financeiro para isso
acontecer em um futuro não muito distante", comentou o mandatário
Walter.
Ao fazer o balanço do ano, Walter Mattos celebrou as marcas atingidas
e o sucesso ainda maior da UAEJJF e da FBJJ em relação ao Jiu-Jitsu.
Para 2017, o presidente acredita que será ainda melhor para o esporte.
"O nosso saldo de 2016 é fantástico. A organização fez 106 eventos
pelo mundo e, aqui no Brasil, foram vinte e alguma coisa... E ano que
vem vamos para cima de novo e fazer acontecer. Estamos aqui em Manaus
fechando o National para fevereiro de 2016. Será um grande evento, tão
grande como o Grand Slam do Rio".
Fonte: www.tatame.com.br
Relembre vitória por finalização no segundo round de Demetrious Johnson sobre Chris Cariaso no UFC 178, em 2014. O campeão dos moscas defende o cinturão da categoria no próximo sábado (3), na edição do TUF Finale.
Assista como Roberto Godoi finalizou Cristiano "Titi" Lazzarini na luta
final do absoluto do Mundial Master 2016 de Jiu-Jitsu em Las Vegas, e
logo em seguida, ainda no ginásio, faz uma explicação detalhada que vai
te fazer aprender todos os segredos do movimento.
Rafael Mendes X Gabriel Oliveira - San Antonio Open 2016 - Black Adult - Male - Feather
Carregando cinco títulos mundiais de Jiu-Jitsu - entre inúmeras outras conquistas -, Rafael Mendes foi um dos grandes destaques do torneio San
Antonio Open, realizado nos Estados Unidos. O evento, que ocorreuem abril deste ano, teve na grande final da categoria peso-pena o
duelo entre Rafa e Gabriel Marangoni e, em luta cheia de técnica e movimentação, o multicampeão deu show, quase finalizou, e no fim saiu vencedor. Assista o vídeo:
Se você começou a ler esse artigo, com certeza quer melhorar seu
gás para aumentar seu rendimento nos treinos e competições ou aumentar
seus conhecimentos nesse assunto.
Pensando nisso, tenho 7 simples dicas para você que
são fáceis de serem implementadas e irão te ajudar muito no ganho de
rendimento e alta performance nos campeonatos de jiu-jitsu. Vamos começar?
Dica #1 – Faça um bom aquecimento no início dos treinos e antes de competir nos campeonatos de jiu-jitsu
Um bom aquecimento é fundamental para você controlar seu gás, principalmente quando uma competição se aproxima.
Por isso, foque em um aquecimento mais dinâmico que vá além de um bom
alongamento e que você consiga trabalhar posições de uma situação real
de luta.
Dica #2 – Faça uma preparação física com foco na velocidade
Geralmente atletas que treinam de forma lenta, acabam lutando
lentamente também e quando você enfrenta um lutador mais rápido, você
pode sentir o gás atrapalhando seu rendimento no decorrer da luta.
Treinos de velocidade são fundamentais para você trabalhar seu gás e chegar mais preparado nas competições de jiu-jitsu.
A dica nesse tipo de treino é integrá-lo ao treino de jiu-jitsupara você obter melhores resultados nas competições.
Dica #3 – Treinos com objetivos específicos para a competição de jiu-jitsu
Algo que auxilia muito na hora do rola é você fazer um treino
específico na posição, por exemplo: Você tem 1 minuto a partir de uma
posição de meia guarda para fazer 8 pontos ou finalizar seu parceiro de
treino. Isso deixa o treino dinâmico e faz com que seu corpo responda a
estratégia e trabalhe bastante o gás para a competição de jiu-jitsu.
Dica #4 – Fazer poucos treinos quando estiver próximo da competição de jiu-jitsu
Também conhecida como “Polimento”, na fase final das
competições é fundamental que você treine pouco, porque seu corpo
precisa de recuperação para que você chegue bem descansado para a
competição. Recomenda-se que se você treina jiu-jitsu 4 vezes por semana
diminua para 2 vezes, dando esse tempo de recuperação para o seu corpo.
Dica #5 – Prepare-se emocionalmente para a competição de jiu-jitsu
Você deve estar se perguntando, mas o que uma preparação emocional tem haver com o gás? E a resposta é: TUDO!!!
Você já chegou a ficar ansioso para uma competição de jiu-jitsu? Sabe
aquele momento que você não conseguiu se controlar emocionalmente
(geralmente é no aquecimento antes da luta que isso acontece), só essa
pressão que você sente já interfere (e muito) no seu gás, pois além de
você não conseguir executar o que foi planejado, você sente muito o gás e
não rende como nos treinos.
Dica #6 – Alimente-se bem para as competições de jiu-jitsu
A intenção aqui não é você mudar todo seu cardápio para a competição,
pois para isso é necessário o auxílio de um médico nutricionista, mas
que você se alimente de forma saudável e moderada para que seu
rendimento nos treinos e competições de jiu-jitsu sejam os mais efetivos
possíveis, e a alimentação é fundamental nesse ponto.
Dica #7 – Durma bem
Assim como a alimentação o sono também é fundamental para o nosso rendimento no dia a dia,
pesquisas mostram que é fundamental dormir no mínimo 8 horas por dia,
mas isso vai variar muito do seu organismo, tem pessoas que dormem bem
em 6 horas, outras precisam de mais de 8 horas, o importante é que você
durma bem e fique preparado para competir.
Então trabalhe suas emoções e concentre-se para ter uma boa noite de
sono (principalmente no dia anterior à competição de jiu-jitsu).
Fonte: http://mentemarcial.com/dicas-para-voce-melhorar-seu-gas-para-as-competicoes-de-jiu-jitsu/
Realizado no mês de setembro, nos dias 17 e 18, o São Paulo Open de Jiu-Jitsu, na final peso médio, o faixa-preta Jaime Canuto, não esperou e atacou rápido para pegar Vinicius Garcia no armlock e liquidar a fatura.
Confira o vídeo:
Augusto Tanquinho esquenta Mundial Sem Kimono; confira mais inscritos
Tanquinho está de volta ao Mundial Sem Kimono.
Foto: Arquivos GRACIEMAG
Falta pouco para a 10° edição do Mundial de Jiu-Jitsu Sem Kimono da IBJJF, realizado na Califórnia. O torneio, que reúne grandes nomes da arte suave, em duelos sem pano, rola nos dias 5 e 6 de novembro.
As inscrições se encerraram no dia 27, quinta-feira, e alguns nomes chamam atenção na lista de faixas-pretas.
Um deles foi Augusto “Tanquinho” Mendes, hoje atleta do UFC, que em papo com GRACIEMAG na semana passada ainda estava em dúvida sobre sua participação. De última hora, fez sua inscrição e estará entre as feras do torneio, além de sua mira no Ultimate estar para atuar no início do ano que vem.
Outros conhecidos do octógono, Gilbert Durinho e Vinny Magalhães também estão devidamente inscritos na competição, nas divisões de médios e pesadíssimos, respectivamente.
Outros nomes de destaque são João Miyao e Caio Terra nos plumas; Kim Terra, Gabriel Marangoni nos penas; Márcio André, Gianni Grippo, Garry Tonon, AJ Agazarm e Mansher Khera nos leves; Matheus Diniz, Murilo Santana e Kit Dale nos meio-pesados; Luiz Panza, Vitor Oliveira, Kauê Damasceno e Tim Springs no superpesado e Yuri Simões no pesadíssimo.
A cidade portuária de Poole, na Inglaterra, foi palco, no
último sábado (29), da quarta edição do Polaris Pro Jiu-Jitsu, onde
grandes atletas da modalidade se enfrentaram em lutas casadas que
agitaram o público presente no ginásio. O evento ficou protagonizado por
um aguardado confronto em sua luta principal. Lenda da arte suave, Fernando Tererê retornou às competições e saiu vencedor no duelo contra a também fera Vitor Shaolin, em combate que foi marcado por um grande equilíbrio e decidido nos últimos detalhes.
Com grande experiência em diversos torneios de Jiu-Jitsu, ambos se
estudaram bastante na parte inicial da luta, e quem abriu os trabalhos
foi Tererê, que começou a trabalhar mais por cima e buscou algumas
passagens, todavia, Shaolin soube se desvencilhar das investidas
iniciais da cria da Alliance. Mais ativo no duelo, Tererê concentrou
seus esforços em tentativas de queda, que foram bem defendidas pelo
adversário.
Fernando Tererê foi o grande destaque do Polaris Pro 4 ao derrotar Shaolin (Foto reprodução FloGrappling)
Enquanto Shaolin buscava trabalhar mais em sua guarda, Fernando
Tererê surpreendeu ao conseguir colocar seu oponente na meia-guarda e,
posteriormente, aplicar a passagem. Depois disso, o confronto seguiu com
muito equilíbrio e, após 15 minutos de luta, Tererê saiu vencedor por
decisão dos árbitros, retornando bem.
Outros grandes combates marcam o evento
Além do esperado duelo entre Fernando Tererê e Vitor Shaolin, o
Polaris Pro 4 ainda reservou aos fãs de Jiu-Jitsu outros grandes
atrativos. Considerado uma das grandes promessas da arte suave, Garry Tonon finalizou Gilbert Durinho, atualmente no UFC, com uma chave de tornozelo. Outro bom destaque ficou por conta de Dillon Danis. O atual treinador de Jiu-Jitsu de Conor McGregor venceu o experiente Jackson Sousa
ao aplicar uma bela chave de tornozelo. No duelo feminino do evento, a
campeã mundial Dominyka Obelenyte levou a melhor sobre Yas Wilson,
saindo vencedora por decisão dos árbitros após um confronto pegado.
RESULTADOS:
Polaris Pro 4 Sábado, 29 de outubro de 2016 Poole, na Inglaterra
Fernando Tererê derrotou Vitor Shaolin por decisão dos árbitros Garry Tonon finalizou Gilbert Durinho com uma chave de tornozelo AJ Agazarm finalizou Minowa com um triângulo Dillon Danis finalizou Jackson Sousa com uma chave de tornozelo Charles Negromonte derrotou Eduardo Rios por decisão dos árbitros Dominyka Obelenyte derrotou Yas Wilson por decisão dos árbitros Nathan Orchard finalizou Masakuazi Imanari com um mata-leão Tom Breese derrotou Ben Dyson por decisão dos árbitros
Bia Mesquita foi ouro duplo no evento (Foto: Reprodução)
No último fim de semana, o Tijuca Tênis Clube, uma das principais casas do Jiu-Jitsu no Rio de Janeiro, recebeu o Campeonato Brasileiro No-Gi, organizado pela CBJJ. O evento começou no sábado (22) e terminou no domingo (23), onde foram coroados Dimitrius Souza e Bia Mesquita, que faturaram o ouro duplo: peso e absoluto.
Para a disputa sem quimono, Dimitrius, da Alliance, conquistou o peso-pesado ao vencer Victor Bonfim, da GFTeam, em uma batalha muito disputada. Já no peso aberto, o atleta encarou dois cascas-grossas: Bruno Leonardo e Kim Terra, até chegar a final contra outro adversário de alto nível, Max Gimenis. Na decisão, Dimitrius venceu com um armlock.
Já a campeã mundial Bia Mesquita também teve o mesmo gosto que o lutador da Alliance. Dentro da categoria peso-médio, a lutadora da Gracie Humaitá superou Adriana Martins na decisão e faturou o primeiro ouro. Já no absoluto, Bia finalizou Jaqueline Oliveira, em uma disputa equilibrada.
No ranking geral por academias, a GFTeam ficou na primeira posição com 301 pontos. Na vice-liderança apareceu a Gracie Barra, com 235. Fechando o pódio, a Alliance SP registrou 100 pontos.
Confira os vencedores das categorias faixa preta:
Masculino Galo: Raul Gomes (Ribeiro Jiu-Jitsu) Pluma: Hiago George (PSLPB Cicero Costha) Pena: Isaque Alberto (Saikoo Jiu-Jitsu) Leve: Kim Terra (Caio Terra Association Brasil) Médio: Edson Antônio (Alliance SP) Meio-Pesado: Claudio Mattos (Gracie Barra) Pesado: Dimitrius Souza (Alliance SP) Super-Pesado: Max Gimenis (GFTeam) Pesadíssimo: Antônio Assef (GFTeam) Absoluto: Dimitrius Souza (Alliance)
Confira neste vídeo, uma seleção das melhores técnicas das 20 das maiores estrelas do judo mundial, são quedas impressionantes! que você pode se inspirar, treinar muito e para surpreender o adversário no próximo campeonato.
Teddy Riner (O Soto Gari) Automne Pavia (O Soto Ko Soto) Yuri Alvear (Ko Uchi Gari) Naohisa Takato (O Uchi Gari) David Larose (Ko Uchi Gake) Bekin Gviniashvili (Ko Soto Gake) Masashi Ebinuma (Ippon Ko Uchi) Rikki Nakaya (Ippo Seoi Nage) José Armenteros (Morote Seoi Nage) Loïc Pietri (Reverse Seoi Nage) Mikhail Pulyaev (Taï Otoshi) Clarisse Agbegnenou (O Goshi) Khan Magomedov (Sode Tsuri Komi Goshi) (Esta é a que eu mais gosto! a partir de 4:23) Audrey Tcheumeo (Harai Goshi) Ilias Iliadis (Harai Maki Komi) Shohei Ono (Hanai Goshi) Masashi Ebinuma (Uchi Mata) Varlam Liparteliani (Uchi Mata) Georgii Zantaraia (Combination Uchi Mata Ura Nage) Avtandil Tchirikishvili (Ura Nage)
O lutador de Jiu Jitsu deve ser completo, tem que saber passar, raspar, quedar e finalizar. Por tanto, chega de conversa e vamos para o vídeo.
Márcio André, com seus 22 anos recém-completados, já acumula na
carreira inúmeros títulos. O mais recente, o vice-campeonato mundial
peso-pena após ser batido por Rafael Mendes, mostra o caminho que ainda
há de ser seguido pelo campeão.
E não é só de kimono que o aluno de Fábio Andrade, da Nova União, faz
suas peripécias. Campeão mundial sem kimono na faixa-marrom, Marcinho
dispõe no seu arsenal uma infinidade de macetes, e hoje a fera ensina um
deles para você, na véspera do Brasileiro Sem Kimono, que rola neste
final de semana.
Na aula, professor Márcio explica sua melhor maneira para travar o
adversário que está por cima, já que não tem o kimono para fazer a
pegada. Após grudar no oponente, Marcinho faz o giro até a perna oposta
para assim escorregar para as costas.
Confira os detalhes da posição no vídeo abaixo!
Depois de sediar uma edição histórica do UFC, Curitiba
voltará a ser palco de um dos principais eventos de artes marciais do
mundo ainda em 2016. Através de uma parceria entre a Federação de
Jiu-Jitsu dos Emirados Árabes Unidos (UAEJJF), a Federação Brasileira de
Jiu-Jitsu (FBJJ) e a Secretaria de Esporte e Turismo de Curitiba, o
International Pro desembarca na cidade no dia 19 de novembro, no ginásio
da Universidade Positivo, novamente com a expectativa de um grande
evento para todos os fãs e lutadores.
UAEJJF Petrópolis Pro foi sucesso, e a promessa é de outro grande evento em Curitiba (Foto divulgação)
Para oficializar o acordo, a UAEJJF reúne nesta terça-feira (18),
o secretário estadual de Esporte e Turismo Douglas Fabrício, o
secretário municipal de Esporte, Lazer e Juventude Aluísio Dutra, o
presidente da FBJJ, Walter Mattos, o empresário Adonai Arruda Filho,
patrocinador do evento, e os lutadores Rodrigo Minotauro - representante
da FBJJ - e Wanderlei Silva. O encontro acontece de 9h às 11h, na Serra
Verde Express, localizada na Av. Presidente Affonso Camargo, 330,
Centro, e é aberto para toda a imprensa interessada.
O International Pro é um dos principais torneios do circuito nacional
da UAEJJF. Além da pontuação para o ranking, o evento premia os
vencedores com pacotes para o Brazil National Pro, que será realizado em
fevereiro, em Manaus, e dará vagas para o Abu Dhabi World Pro 2017, que
acontece em Abu Dhabi, nos EAU.
Ex-UFC Ricardo Cachorrão vence no Pan NoGi e compara Jiu-Jitsu com MMA
Vários cascas-grossas atuaram com garra no Pan-americano de
Jiu-Jitsu Sem Kimono da IBJJF, realizado no último final de semana, em
Nova York. Dentre os campeões, apenas um podia dizer que já competiu em
torneios da IBJJF, ADCC e se aventurou no MMA no Pride o no UFC. O nome
dele: Ricardo “Cachorrão” Almeida.
O professor, formado na Gracie Barra e hoje professor na Renzo Gracie
Academy, em NY, conversou com nossos parceiros da Gallerr, após
conquistar o ouro no master 2 peso pesado. Ele falou sobre suas
aventuras nas competições após migrar para as luvas, explicou a
diferença entre competir de adulto e master, e fez uma comparação entre
os atletas de ponta do MMA com os adultos no Jiu-Jitsu.
O estrangulamento de Diego Borges no Manaus Open de Jiu-Jitsu
Em ação no Manaus Open de Jiu-Jitsu, realizado em setembro deste
ano, o faixa-preta Diego Borges brilhou mais uma vez. A fera, que
representa a equipe Zenith JJ, mordeu o ouro peso meio-pesado tanto na
disputa de kimono quanto sem kimono.
No vídeo abaixo, temos o competidor na disputa do ouro de kimono,
contra Charles Mota (GB), em duelo no qual Diego aplicou um
estrangulamento arco e flecha para garantir a vitória.
Confira!
ADCC confirma seletivas brasileiras para Mundial na Finlândia, que terá Gabi e Vinny Magalhães
Gabi Garcia já foi campeã do ADCC e está confirmada para o novo evento, na Finlândia
(Foto Antonio Lima)
Próxima edição do evento que reúne os melhores atletas de
grappling do planeta, o Mundial do ADCC 2017 será realizado na cidade de
Espoo, em Helsinque, na Finlândia. Nomes como Gabi Garcia e Vinny Pezão,
ex-campeões do evento, já estão confirmados para a disputa, e para os
competidores brasileiros que querem entrar na briga, as seletivas
nacionais estão marcadas. As edições do Trials para o ADCC 2017 acontecem nos dias 28 de
janeiro e 4 de fevereiro, em São Paulo e no Rio de Janeiro,
respectivamente. As inscrições para a disputa serão abertas nas próximas
semanas, nas categorias oficiais do ADCC (66kg, 77kg, 88kg, 99kg, e
+99kg no masculino; até 60kg e +60kg no feminino). O torneio na Finlândia conta também com a superluta entre Renzo
Gracie e Matt Hughes, além do esperado duelo entre as feras André
Galvão e Cláudio Calasans, dois representantes da Atos Jiu-Jitsu. A Federação Brasileira do ADCC, que está a frente dos Trials,
gostaria de comunicar também o cancelamento do 4° Troféu Brasil do ADCC,
que estava agendado para o dia 29 de outubro, em São Paulo, por motivos
de força maior. A superluta que fecharia o evento, entre os atletas do
UFC Viscardi Andrade e Erick Silva, foi remarcada para o dia 28 de
janeiro, durante o Trials de SP. Para saber mais, acesse www.adccbrasil.com.br.
Fonte: Tatame
Sete horas de sono pode não ser suficiente para que muitos atletas de Jiu-Jitsu consigam executar o seu melhor. Sono e seu impacto sobre o desempenho atlético ainda está sendo pesquisado. No entanto, é claro que os atletas que são privados de sono, são altamente improváveis para executar o seu melhor.
Atualmente os atletas estão domindo menos. Televisão, redes sociais, vários trabalhos faz as pessoas passarem minutos ou até mesmo horas do seu horario correto para dormir. Costumamos justificar os comportamentos noturnos, como ver televisão ou a navegar na internet, tentanto nos de que estamos “descansando”. Mas quando se trata de recuperação física do exercício, não há substituto para o sono.
Privação do sono x Atividade física
Parece que ninguém tem dúvida de que a privação de sono afeta o seu desempenho do atleta, seja na quadra, seja no tatame. A privação de sono pode resultar em uma variedade de sintomas prejudiciais, incluindo sonolência, cansaço, alterações de humor e reduzir significativamente a capacidade física. Além disso, os pesquisadores acham que estar em débito com o seu sono, afeta diretamente de forma negativa o seu desempenho.
Sono e produção de testosterona
Você precisa de um sono de qualidade para trazer a sua testosterona de volta aos níveis ideais. Enquanto você está dormindo, seu corpo literalmente se transforma em um motor de testosterona, e derrama testosterona extra em todos os estágios básicos do sono. Ou seja, quanto mais dormimos, mais testosterona!. É simples assim. E acredito que a idéia de que mais horas de sono, mais aumentamos a produção de testosterona é apenas senso comum entre a gente. Todo homem sabe que depois de uma boa noite de sono você acorda se sentindo bem. com libido, força, bem estar – todos os sintomas de altos níveis de testosterona – são todos aumentados dramaticamente depois de dormir bem e a por longo prazo.
Sono e desempenho atlético
Falta de sono interfere com a reposição de glicogênio muscular, consequentemente impedindo o recrutamento muscular durante a atividade física. Um estudo mostrou melhorias significativas no desempenho de atletas do sexo masculino, que foram privados de sono, e que tiraram um cochilo de 30 minutos pós-almoço. Em um estudo realizado por Cheri Mah, da Universidade de Stanford, atletas do sexo masculino mostraram melhorias significativas no seu desempenho físico, quando foi permitido dormir mais do que geralmente faziam.
A quantidade certa
Há algumas pessoas que podem funcionar bem com apenas algumas horas de sono por noite, mas a maioria exige mais. Alguns especialistas estimam que o número ideal de horas de sono é de sete a nove horas por noite, mas e outros dizem que oito horas é o ideal. O número certo para cada indivíduo irá variar, mas os atletas que dormem apenas sete horas por noite pode estar comprometendo a sua capacidade.
Estágios e padrões de sono
Durante uma noite inteira de sono, uma pessoa comum experimenta 4-6 ciclos de sono pontuado por breves períodos de vigília ou excitação. Dentro de cada ciclo de sono são cinco fases: Fase envolve um sono leve e entrando e saindo da consciência; segunda fase, que representa cerca de metade do tempo de sono, é marcado por músculos relaxados e uma desaceleração das ondas cerebrais; estágios três e quatro, marcada por sono profundo e ondas cerebrais grandes e lentos, são os estágios de restauração, onde os hormônios são liberados e química do corpo é equilibrado. Na etapa final, o movimento rápido dos olhos, ou sono REM ocorre durante o qual sonhos vívidos ocorre. A falta de ter uma noite inteira de sono, priva dos benefícios restauradores do sono profundo, para o qual um simples descanso não pode compensar.
Conclusão:
Tirar muitas sonecas. Sonecas curtas quanto 10 minutos pode ajudar as pessoas a recuperar de débito de sono. Se você quer estar no seu melhor, seja no tatame lutando Jiu Jitsu ou trabalhando no escritório, durmir a quantidade suficiente por noite, vai melhorar a sua capacidade de desempenho atletico. Não dormir o suficiente, significaria, não permitir seu corpo a produzir a testosterona para reabastecer o seu corpo cansado.
Uma boa qualidade do sono é a melhor vitamina, faça este favor para seu corpo e para o seu Jiu Jitsu! Vá Dormir!
Experiente faixa-preta da Nova União, Léo Santos transformou anos de
estrada como competidor no Jiu-Jitsu em refino para suas técnicas de
chão, hoje aplicadas no peso leve do UFC.
Léo Santos avaliou o uso de
técnica modernas do Jiu-Jitsu por atletas iniciantes, reforçou a
necessidade de uma base forte e, no fim do vídeo, ensinou uma ótima
maneira para surpreender o adversário em quatro apoios, fintando o
katagatame para finalizar no ezequiel pelas costas.
Vamos mostrar hoje um vídeo com Paulo Packer, faixa preta de jiu jitsu, e faixa preta de Judo, da academia Packer Team. Esta raspagem é ideal para quem é iniciante na arte suave, e pois utiliza diversos elementos da guarda aberta, e da guarda de la riva. Aprenda esta excelente raspagem no Jiu Jitsu, e tenha mais uma técnica em seu arsenal para conseguir mais 2 pontos.
Pra manter o clima de finalização, apresento o mata leão. Ele vem das artes marciais do oriente como o Jiu-Jitsu e o Judô, por isso seu nome original é Hadaka Jime. Basicamente é um estrangulamento pelas costas do oponente, fechando o pescoço do cara com bíceps. Pra ilustrar, Jon Jones aplicando um na lenda Rampage Jackson, que nunca tinha sido finalizado no UFC. Receba:
A raspagem elástica e a chave de pé de Tayane Porfírio no Curitiba Open
Estrela da coluna “Bate-Pronto”, Tayane Porfírio alia ao seu jogo justo de pressão por cima uma guarda elástica e técnica para inverter as situações mais adversas.
Já em ritmo forte para baixar o peso e se por apta a lutar no Abu Dhabi World Pro, a faixa-preta da Alliance deu uma mostra de seu jogo imprevisível no Curitiba Winter Open de Jiu-Jitsu, contra Karla Hipolito, da Top Brother.
No combate, que valia o ouro superpesado do torneio, Karlona conseguiu inverter o jogo de Tayane, que atacava da montada. Para vencer, Tayane raspou e fintou para finalizar na chave de pé.
Confira a luta completa e o lance vencedor no vídeo abaixo:
Após fazer história no Campeonato Brasileiro de Parajiu-Jitsu, árbitro celebra: 'Veio para ficar'
Adilson Higa também é atleta e professor de Jiu-Jitsu,
e fez história no último dia 10 (Foto divulgação)
No último dia 10, Adilson Higa Dorval, faixa-preta 3º grau e professor de Jiu-Jitsu, fez história no esporte ao se tornar o primeiro deficiente amputado de membro superior a arbitrar um torneio oficial de uma confederação com as regras do Jiu-Jitsu. Este Fato histórico aconteceu no terceiro Campeonato Brasileiro de Parajiu-Jitsu, realizado em Santo André, no estado de São Paulo, e organizado pela CBPJJ. Em entrevista à TATAME, o experiente árbitro comentou o seu feito.
"A experiência de arbitrar um campeonato de nível internacional foi legal por se tratar de Parajiu-Jitsu. Mas aqui em Mato Grosso do Sul, eu já arbitrei vários campeonatos. Há alguns anos, desde 2012, eu venho arbitrando competições e criando uma sistemática gestual para poder ficar claro para o mesário e lá no Campeonato Brasileiro de Parajiu-Jitsu eu acabei aplicando e foi incorporado pela Federação", comentou.
Ainda em contato à TATAME, o professor e árbitro explicou a importância da modalidade, como o Parajiu-Jitsu pode ajudar na vida das pessoas e que não existe obstáculo nenhum para quem almeja se iniciar no esporte, independente das necessidades especiais.
Confira a entrevista completa:
- O papel do Parajiu-Jitsu
O Parajiu-Jitsu surgiu da necessidade de integrar e socializar o portador de deficiências especiais. Quando eu sofri o acidente há sete anos, não existia essa opção de esporte. Eu tive que fazer uma adaptação para as competições 'normais' que eu participo até hoje, como da CBJJ, IBJJF. Então, o Parajiu-Jitsu, apesar de ser uma tendência nova, por ter só três anos, é uma vertente do Jiu-Jitsu que veio para ficar e hoje vem cumprindo o seu papel, que é a integração e socialização dos portadores de necessidades com o esporte como um todo.
- Surgimento do Parajiu-Jitsu
O Parajiu-Jitsu surgiu em 2014, pela necessidade de se ter uma competição com regras específicas, para vários tipos de portadores com necessidade. Não tinha antes uma classificação funcional, que hoje para os campeonatos da federação são adotados, para adotar uma maneira justa. Para o meu caso, amputados de membros superiores, tem membros inferiores, cadeirantes, entre outros. Ao todo são 14 divisão de deficientes, peso e faixa. O Parajiu-Jitsu se fundamenta neste parâmetro e caminha cada vez mais estruturado.
Adilson fazendo história ao arbitrar lutas no Campeonato Brasileiro de Parajiu-Jitsu (Foto CBPJJ)
- Mensagem para os praticantes
A mensagem que eu deixo para o pessoal que coloca obstáculo é que o Jiu-Jitsu é um esporte que realmente salva. Não só pela saúde e disposição que te dá, quanto pelos amigos, experiência que te proporcionam né. O obstáculo está na cabeça das pessoas, pois se elas querem ter amigos, ser feliz, ter experiências e viajar, o Jiu-Jitsu proporciona tudo isso e muito mais. Então, se não fosse o Jiu-Jitsu eu nem saberia o que estaria fazendo hoje. Desde o meu acidente em 2009, eu venho me dedicando em tempo integral ao Jiu-Jitsu, com academias aqui em Campo Grande, interior e até no Paraguai. O Jiu-Jitsu me deu tudo e vem me proporcionando experiências que eu vou levar para o resto da vida. Então, o limite está em sua cabeça.
- Parajiu-Jitsu na Paralimpíada
Existe um forte trabalho nos bastidores para que o Parajiu-Jitsu seja incluindo na Paralimpíada. Com a Confederação, a Federação paulista, a daqui do Mato Grosso do Sul também, e outras. Então, existe um trabalho para que o Parajiu-Jitsu seja reconhecido e incluído nos jogos Paralímpicos. Agora vamos aguardar.
A cor da faixa amarrada na cintura significa hierarquia no Jiu-Jitsu e, muitas vezes, um faixa-branca com cara de bobo não é levado muito a sério na academia, e acaba sendo menosprezado pelos demais atletas. Mas, às vezes eles vão à forra, e com estilo.Falso Faixa branca Foi o que ocorreu na academia de Alan Belcher, no Mississipi, Estados Unidos, quando o faixa-preta Alex Vamos, da equipe Vamos Bros, se disfarçou de faixa branca para ver qual era a reação do pessoal, e foi surpreendente.
O famoso Armlock é um golpe do Jiu-Jitsu que consiste em colocar o braço do adversário entre as pernas e segurar os punhos com as mãos, fazendo a alavanca com o quadril para finalizar o adversário. Um golpe perigoso que pode acabar quebrando um braço facilmente. Para esse golpe temos dois vídeos, o primeiro da nossa musa, a já lendária Ronda Rousey, que entrou pra história ao se consagrar a primeira mulher a levar um cinturão do UFC pra casa. O armlock da Ronda é seu golpe preferido e foi ele que deu o cinturão pra moça:
O segundo vídeo é uma das lutas mais lendárias da história do MMA. Minotauro contra o gigante enorme muito grande mesmo Bob Sapp pelo Pride. Minotauro tava apanhando feio durante toda a luta, tomando marretada do monstro de 2 metros de altura e sei lá quantos quilos, tentando colocar pra baixo e nada… Eis que no final da luta, depois de tomar muita porrada…
E mano… esse vídeo não é nada. Depois vejam a luta completa que vocês vão entender o que é tomar porrada na face… e ainda ganhar a luta no final!
Esporte competitivo e ferramenta funcional para melhora da qualidade de vida, o Jiu-Jitsu é por origem uma arte marcial, criada para ser usada em situações reais de defesa. Foi o que aconteceu no ano passado, na Inglaterra.
Em uma abordagem, o policial de serviço foi notificado sobre um homem de bicicleta que estaria portando uma faca. Após parar o suspeito, o oficial revistou o mesmo e este tentou a fuga. Contido pelo policial, o suspeito resistiu e tentou se desvencilhar como pode. Eis que surge um pedestre, com habilidades no Jiu-Jitsu, que logo lhe aplicou um mata-leão para conter as tentativas de escape, para que assim o policial pudesse algema-lo e leva-lo à delegacia.
Marcado para o próximo final de semana (3 e 4), no Centro de Convenções de Los Angeles, nos EUA, o Abu Dhabi Grand Slam Jiu-Jitsu World Tour - LA promete reunir grandes nomes da arte suave em ação no evento.
Organizada pela UAEJJF, a competição tem entre os inscritos diversos faixas-preta de renome, como Xande Ribeiro, que garantiu presença na divisão 94kg. Na categoria 85kg, Otavio Sousa, da Gracie Barra, é um dos confirmados, assim como Paulo e João Miyao, nos 69kg e 62kg, respectivamente, e Luiz Panza, nos 110kg.
Xande Ribeiro é um dos confirmados para o Grand Slam em Los Angeles (Foto Eduardo Ferreira)
A lista de nomes já confirmados também inclui faixas-preta como Erberth Santos, Musumeci, Mahamed Aly, Igor Silva, Jose Junior, Kim Terra, Brian Mahecha, Ricardo Evangelista, Tarsis Humphreys, entre outros.
Ao todo, serão US$ 105 mil em prêmios da faixa azul a preta; juvenil, adulto e master; homem e mulher. O adulto faixa preta vai conceder US$ 30 mil em prêmios. Este ano, o Grand Slam ainda contará com divisões sem quimono pela primeira vez. Os resultados gerais contarão pontos para os rankings mundiais da UAEJJF.
Em um esforço para levar o Jiu-Jitsu a um público cada vez mais amplo, a UAEJJF confirmou que o Abu Dhabi Grand Slam Jiu-Jitsu World Tour - Los Angeles será transmitido para mais de 80 países em todo o mundo. A transmissão acontece ao vivo, pela internet, no FloGrappling.com (assinatura requerida). Organizado pela Federação de Jiu-Jitsu dos Emirados Árabes Unidos, o Grand Slam Jiu-Jitsu World Tour também fará paradas em Tóquio (23 de outubro), Rio (12-13 novembro), Abu Dhabi (13-14 janeiro) e Londres (18 de março).
Existem alguns livros muito bons sobre o Jiu Jitsu, a grande maioria escritos no Brasil e traduzidos para o resto do mundo. Reserve um pouco de tempo e tente ler alguns destes 5 listados abaixo:
Carlos Gracie - O criador de uma dinastia - Reila Gracie
Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, mas a familia Gracie está ai para desmentir este ditado. Se existe um homem que jogou os mesmos números duas vezes e ganhou por que não haveria mais de um super campeão numa mesma familia?
Jiu Jitsu - Manual do esporte - Fabio Gurgel
Ilustrado, o livro tenta explicar didática,ente a modalidade. Ideal para os iniciante, foi escrito pelo pupilo do mestre Jacaré, um atleta que tornou-se faixa preta aos 19 anos de idade.
Jiu Jitsu Brasileiro. Arte de Combate - Malcel Mascus Manholi
Este livro tenta demonstrar o uso pratico das técnicas do esporte através de situações reais. Ele tenta inserir o Jiu Jitsu como uma defesa pessoal para qualquer pessoa leiga.
Jiu Jitsu University - Saulo Ribeiro
Campeão mundial em 6 oportunidades, Saulo Ribeiro conseguiu introduzir uma didática que modificou a visão sobre a modalidade. Ele disponibiliza quase 200 técnicas neste livro, das mais básicas ate as mais elaboradas. Quase uma revolução no esporte. Obrigatório.
O livro proibido do Jiu Jitsu: A historia que os Gracies não contaram - Marcial Serrano
Como não existe perfeição e toda unanimidade é burra, este livro serve para recontar a historia da dinastia Gracie através do olhar da mídia. Ele é um apanhado de recortes de jornal sobre o esporte, sob uma visão diferente.
A chave Kimura é uma técnica que consiste em aplicar uma chave de ombro no adversário a partir guarda ou meia guarda. É um golpe muito perigoso, principalmente por atacar articulações importantes do braço como o ombro e o próprio cotovelo. Um exemplo do perigo da Kimura foi dado pelo nosso veterano Minotauro, ao ser derrotado por Frank Mir em uma luta praticamente ganha. O Minóta tomou uma raspada linda, seguida de uma Kimura e quebrou o braço (primeiro lutador a finalizar o Nogueira):
Xande Ribeiro em ação contra Rodolfo Viera na final dos pesados. Foto: Dan Rod
Hexacampeão mundial de Jiu-Jitsu, Xande Ribeiro é um dos grandes
nomes que estão inscritos no Mundial de Masters, que rola no mês de
agosto em Las Vegas, Nevada.
Aos 35 anos, Xande ainda compete entre os adultos, mas encara o
Mundial de Masters como um desafio a parte. “Muita gente vê o Master
como fim de carreira, mas eu vejo como mais um desafio. Afinal, entre os
30 e 40 anos é que atingimos o ápice do vigor físico”, explica o
faixa-preta de Royler Gracie.
Em entrevista exclusiva à GRACIEMAG, ele fala sobre a expectativa
para competir no torneio, revela o segredo para se manter competindo em
alto nível e afirma que está preparado para encarar “qualquer um, a
qualquer hora e em qualquer peso”.
GRACIEMAG: Qual a sua expectativa para este Mundial de Masters? O que te motivou a participar deste campeonato? Xande Ribeiro: A expectativa está incrível! Eu lutei
o primeiro ano na pirâmide e foi muito legal. Muita gente vê o Master
como fim de carreira, mas eu vejo como mais um desafio. Afinal, entre os
30 e 40 anos é que atingimos o ápice do vigor físico. Além disso, será
uma oportunidade de lutar junto com uma grande parte do meu time.
O Mundial de Masters é um evento que chama a atenção pelo clima de
confraternização. Com que espírito você entra neste campeonato? O foco é
conquistar o título ou você quer apenas se divertir com amigos do
presente e do passado nos tatames?
É uma confraternização, mas todo mundo estará lá para vencer. E, a
cada ano que passa, a categoria fica mais difícil. Como todo campeonato,
seja mundial adulto, luta casada ou o que for, você tem que se
divertir, mas com muito foco e vontade.
Você está com 35 anos e ano passado foi campeão mundial. Qual o segredo para se manter tanto tempo competindo em alto nível?
Acredito muito na eficiência do meu Jiu-Jitsu. Claro que, competindo
desde os 10 anos de idade, chega uma hora que pesa. Mas me sinto muito
bem, tenho um acompanhamento de fisioterapia, me cerco sempre das
pessoas certas e estou sempre treinando. Treino é treino, eu tento
coisas diferentes, me puxo, faço força, mas sempre com muito cuidado,
porque o que conta mesmo é quando o juiz fala: combate. Estou preparado
para encarar qualquer um, a qualquer hora e em qualquer peso.
Ainda está nos seus planos lutar entre os adultos ou agora seu foco será apenas superlutas e eventos de Master?
Eu luto o que for interessante e que valorize o atleta. Competi o
Pan-Americano e o World Pro porque voltava de contusão, mas o Mundial já
estava fora dos planos. Tive a oportunidade de lutar o GP da IBJJF
também. O Mundial de Masters, como eu disse, é uma oportunidade única
para a minha equipe e, por isso, não fico de fora. Se me valorizarem e o
adversário fizer sentido, estarei sempre preparado para enfrentar o
desafio.
Você certamente segue um mantra para conseguir acordar todos
os dias motivado a treinar, dar aulas e competir. Qual o conselho você
daria para quem quer seguir uma carreira de sucesso como a sua?
Eu me motivo pela vontade de estar vivo, estar junto com minha
família, estar positivo e inspirar as pessoas. Isso me motiva todos os
dias. Minha filha, meu irmão, meus alunos, estar vivo, saudável e
fazendo Jiu-Jitsu já é o suficiente pra mim. E é essencial se cercar de
pessoas que estão com você pelo que você é e que tem mesmo objetivo.
No último sábado (13), o Clube Municipal, na Tijuca, Zona
Norte do Rio, foi o palco da quarta etapa do ranking do Circuito Rio
Mineirinho, da FJJD-Rio. O Troféu Rio mexeu com os lutadores e,
principalmente, o público que esteve presente no ginásio para acompanhar
grandes duelos e apoiar seus atletas favoritos.
Marcelo Santos levou a melhor sobre Lúcio Flávio no Desafio Super Lutas Foto: Flash Sport
Umas das principais atrações do evento é o desafio Super Lutas Flash
Sport Black Bear, que reúne grandes lutadores da arte suave. Marcelo
Santos, da Marcelo Galo, venceu Lúcio Flávio, da GFTeam, e é um dos
maiores nomes do Circuito Mineirinho. O experiente lutador de 37 anos
compete desde 2008 e, desde então, sempre faturou o título do ranking.
Em entrevista à TATAME, o Marcelo comentou a importância de eventos como
este da FJJD-Rio, para atletas que não tem apoio e investimento.
"Hoje em dia tem muitas federações, confederações, que dão muita
margem para o atleta lutar, mas não dão premiações que atletas de
classes baixa, que acorda cedo, tem que trabalhar... não temos condições
de estar viajando. Hoje em dia um dos eventos que dão essa
possibilidade é a Circuito Rio Mineirinho. Eu venho de 2008 invicto e
lutando. Já ganhei dois europeus, por motivo não consegui viajar, mas
ganhei minha passagem. Com a passagem para o Mundial de Abu Dhabi será
excelente. Já fui campeão lá em Abu Dhabi. Fui campeão, agora,
internacional de máster, que hoje em dia é praticamente um Mundial, mas é
uma medalha e três tapas nas costas. Hoje a FJJD-Rio está
proporcionando essa passagem para Abud Dhabi que é excelente" comentou o
lutador, que ainda revelou ter ido competir em Abu Dhabi graças a ajuda
de amigos, entretanto, agora quer ganhar a passagem.
Outros dois desafios também animaram o público, principalmente pelo
alto nível apresentado pelos lutadores. Na primeira, Matheus D'Ouro, da
GFTeam, venceu Matheus Videira, da Checkmat. Enquanto na outra, Max
Lourenço, da Akxe BJJ, levou a melhor sobre Marcelo Lima, da Kioto.
Desta forma, com a vitória no desafio passado, na terceira etapa, a Taça
Rio, em maio, Max está invicto.
Disputa acirrada pelo ranking
Na competição masculina entre os lutadores da faixa preta, a disputa
foi acirrada do peso-pluma, até o absoluto. Vale ressaltar, que os
lutadores seguem na disputam pelo ranking, em busca de uma passagem para
o mundial de Abud Dhabi, entre outras premiações. Masculino Adulto Preta Peso-Pluma Magno Mota Vieira (Brigadeiro) - Campeão Rodrigo Silva Barbosa (Rodrigo Silva Brazilian Black Belt) - Vice Campeão Masculino Adulto Preta Peso-Pena Marlon Tadeu (Equipe PH) - Campeão Wallace Diogo Mesquita (Marcelo Galo JJ) - Vice Campeão Masculino Adulto Preta Peso-Leve Leo Carlos Jacinto (Cicero Costa JJ) - Campeão Filipe Silva dos Santos (Check Mat) - Vice Campeão Masculino Adulto Preta Peso-Medio Israel Vieira (MestreCrezio) - Campeão Moisés Fernandes Cavalcante (GFTeam) - Vice Campeão Masculino Adulto Preta Peso-Meio-Pesado Abner Soares de Souza (BTT) - Campeão Romeu Patrick Gabriel Mendes (Soul Fighter's) - Vice Campeão Masculino Adulto Preta Peso-Pesado Marcos Aurelio Goulart Alves Junior (Game Fight) - Campeão Andre Luis Daniel Santos (GFTeam) - Vice Campeão Masculino Adulto Preta Peso-Super-Pesado Marvel Chagas Ferreira (GFTeam) - Campeão Masculino Adulto Preta Peso-Pesadíssimo Rafael Bragança Ferreira (Equipe Gavazza) - Campeão Anilson Breda Junior (GFTeam) - Vice Campeão Masculino Adulto Preta Absoluto Israel Vieira Motta (Mestre Crezio) - Campeão Alessandro Gomes (Infight) - Vice Campeão Masculino Master 1 Preta Peso-Pena Marcelo Santos (Marcelo Galo JJ) - Campeão Rafael Alves (GFTeam) Vice Campeão
PFA mira rever benefícios que atualmente não são concedidos aos atletas, como pensão, seguro e direitos de imagem
Associação de lutadores busca ajudar atletas do UFC. Foto: Josh Hedges/UFC
Uma nova associação de atletas foi criada nos Estados Unidos a fim de auxiliar os lutadores em suas negociações com o UFC. A PFA, sigla em inglês para Associação Profissional dos Lutadores, é fruto da iniciativa de nomes experientes no esporte, além de contar com o apoio de outras associações norte-americanas.
A PFA busca adequar alguns procedimentos de negociação entre os lutadores e a organização de MMA. Ela menciona que, no caso da NBA (liga profissional de basquete dos Estados Unidos), a fatia é dividida igualmente entre atletas e liga, mas, no UFC, 85% é da organização e 15% dos lutadores.
Além disso, a PFA mira rever alguns benefícios que atualmente não são concedidos aos lutadores, como pensão, seguro em caso de morte ou acidente de trabalho que provoque deficiência física e direitos de imagem.
Os líderes da iniciativa são Jeff Borris, empresário experiente no ramo do beisebol, o advogado trabalhista Lucas Middlebrook (que já trabalhou com Nick Diaz) e Andrew Zimbalist, economista.
O próximo passo da PFA é buscar o reconhecimento das entidades trabalhistas norte-americanas. No entanto, ela já possui o apoio de outras associações de atletas do país, como da MLB (beisebol), NHL (hóquei), NHL (futebol americano), NBA (basquete) e MLS (futebol).
Como e quando usar um protetor bucal? Onde comprar o melhor protetor bucal?
De acordo com a American Dental Association (ADA), um praticante de esportes está 60 vezes mais propenso a ter os dentes avariados se não estiver usando um protetor bucal.
Crianças e quem usa prótese ou aparelho ortodôntico deve consultar um dentista para a escolha mais precisa de um protetor bucal, que de preferência deverá ser construido sob medida.
O que é um protetor BUCAL
O protetor bucal é um equipamento que se encaixa nos dentes para protegê-los de qualquer tipo de impacto. Nos EUA e países de idioma inglês são chamados de mouthguards, tradução exata do termo.
Os protetores bucais devem ser usados quando a pessoa participa em actividades desportivas que envolvam a possibilidade de quedas, contato físico súbito ou colisões com objetos voadores, como andar de patins, jogar futebol, jogar basquete, jogar beisebol, hóquei sobre patins ou gelo, ginástica, andar de bicicleta ou qualquer outra atividade que pode produzir lesões na área da boca.
Na prática de esportes de lutas como MMA e Jiu-jitsu o protetor bucal se tornou popular e equipamento indispensável.
Os protetores bucais geralmente cobrem os dentes superiores, e são projetados para evitar a quebra dos mesmos, corte nos lábios e outros danos na região da boca. Como dissemos acima, quem usa prótese ou aparelho ortodôntico deve consultar um dentista e é muito provável que este, além de orientar sobre a melhor escolha, recomende o uso de protetor bucal nos dentes inferiores também.
Existem alguns tipos de protetores bucais
Os protetores feitos sob medida para cada atleta— Já que são sob medida são. obvamente, diferentes apra cada usuário. Sâo construidos por dentistas ou laboratórios especializados. Se ajustam perfeitamente À boca e são extremamente confortáveis e proporcionam máxima proteção para os dentes e boca.
Protetores moldáveis em água morna – São confeccionados em série, portanto com o mesmo formato. Mas, podem ser moldados depois do material ser imerso em agua bastante quente. Depois do material amolecido coloque-o na boca.
Protetores de tamanho e formato fixo – São os mais barato e após comprados estão prontos para uso. Podem prejudicar a respiração dos atletas. Contudo, em caso de emergência, na falta de um protetor sob medida ou moldado para sua boca, pode-se usá-lo.
Para aqueles que desejam comprar um protetor bucal.
O preço de um protetor bucal no BRASIL, em 2016, pode custar entre R$ 9 e R$ 50 reais em lojas de equipamentos esportivos. O protetor feito sob medida pode custar muito mais pois cada profissional avalia seu serviço de forma diferente.
Principais motivos que impedem de graduar a faixa preta de Jiu Jitsu
Quando começamos a treinar Jiu Jitsu, olhamos a faixa preta como o maior objetivo a ser atingido. Porém, o que muitos não percebem é que a faixa preta não é o fim. Ela é meramente uma estação (muito importante, mas ainda uma estação), de uma longa viagem que é o Jiu Jitsu. Jiu Jitsu é um esporte que tem uma alta taxa de desistência. A maior concentração de abandono é na faixa branca e na faixa azul. E um fato interessante, é que se você graduou a faixa roxa, dificilmente desistirá, e é bem provável que também se gradue faixa preta. Um fato bem conhecido é que após a graduação de faixa azul, muitas pessoas, desistem do Jiu Jitsu. O fator específico para este fato, pode ser a falta de interesse depois de atingir o primeiro objetivo, da vida pessoal ter ficado mais complicada, ou por qualquer outra razão. Neste artigo destacamos algumas das principais razões que fazem as pessoas pararem de treinar Jiu Jitsu.
Falta de Paixão pelo Jiu Jitsu
Nem todo mundo tem a paixão e amor pelo Jiu Jitsu. Lembre-se de quando você começou a treinar Jiu Jitsu, agora lembre de todas as pessoas que graduaram com você. Quantos ainda estão treinando regularmente? Tenho certeza que você vai lembrar de muitos que desistiram pelo caminho. Quando eu comecei a treinar há muitos anos, eu me apaixonei instantaneamente pelo Jiu Jitsu, e eu sei que no fundo não importava quanto tempo iria levar, eu iria treinar Jiu-Jitsu pelo o resto da minha vida, e hoje tenho certeza que a obtenção de uma faixa preta será apenas consequência desta paixão. Desde que o Jiu Jitsu surgiu na minha vida, as vezes em que não pude treinar, procurava estar envolvido no universo do Jiu Jitsu de alguma forma, seja escrevendo matérias, gravando e vendo vídeos de Jiu Jitsu, conversando com os amigos, ou seja, sempre procurava de alguma forma estar perto do Jiu Jitsu. Pois, eu nunca queria desistir da minha paixão. Quando você não tem paixão pelo Jiu Jitsu, você vai assumir outros compromissos, que invariavelmente irão fazer você ficar longe dos tatames, sejam viagens, vida social, trabalho, família.. etc.. Quantas vezes você faz o plano semestral da academia para fazer musculação, mas acabou treinando apenas 3 ou 4 meses? É exatamente isso que acontece, com as pessoas que começam no Jiu Jitsu, e a sua motivação não era forte o suficiente para continuar. Quando você realmente tem paixão, você sempre vai encontrar um caminho e vai conseguir manter um treino regular, mesmo que você tenha outras preocupações, (carreira, família, vida social, etc..). Você pode até fazer uma pausa, mas sempre voltará para o Jiu Jitsu. Tem uma frase que representa bem isso, e é mais ou menos assim: "O Jiu Jitsu não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona!"
Não conseguir lidar com o Ego
Você não pode fingir no Jiu Jitsu. As longas horas que você passa treinando e rolando, significa que você está sendo testado a todo o momento. E você também está testando seus companheiros de treino. Não saber lidar com o Ego elimina as pessoas que não estão 100% comprometidos com o Jiu-Jitsu. Muitas vezes, você além de ser finalizado fisicamente, também será finalizado mentalmente (em função do cansaço, do stress, etc..), mas cabe a você mesmo não desistir, reverter a situação e continuar treinando. Se você é competidor, com certeza em algum momento você acabará perdendo. Se você treina com pessoas de um nível bom de Jiu Jitsu, invariavelmente acabará batendo, isto é uma certeza.
Algumas recebem a graduação de faixa azul por exemplo, ficam 6 meses parados, e quando voltam são dominados por aqueles que eram iniciantes no ano anterior. Isso com certeza mexe com o Ego, e algumas pessoas que não conseguem lidar com esta situação acabam desistindo, ao invés de aprender e melhorar.
Lesões
As lesões podem acontecer a qualquer momento, por exemplo, eu rompi os ligamentos do meu tornozelo treinando Jiu Jitsu, porém minha noiva também rompeu os ligamentos do tornozelo, porém ao pisar em falso enquanto caminhava no centro da cidade. As lesões acontecem no Jiu-Jitsu, e esta é uma das grandes causas das pessoas pararem de treinar. Até hoje nunca tive grandes problemas de lesão treinando Jiu Jitsu (a do tornozelo foi parcial, e com 2 meses já estava treinando novamente), muito pelo contrário, quando eu jogava futebol vivia com problema nos joelhos, e depois que troquei a bola pelo kimono, minha vida se tornou relativamente mais segura, e infinitamente mais feliz.
Vídeo: Aprenda com Royler Gracie uma posição de defesa pessoal
Mestre de Jiu-Jitsu, o faixa-coral Royler Gracie já passou por poucas e bos no mundo das lutas. Levinho, já brilhou no absoluto faixa-preta dos mundiais contra verdadeiros gigantes, já lutou MMA com a mesma pujança, e hoje é um dos professores mais celebrados da Gracie Humaitá.
O Gracie, contudo, leva consigo a forte premissa do Jiu-Jitsu como arte marcial, e a defesa pessoal como instrumento essencial da arte. No vídeo de hoje, ele escalou o professor casca-grossa Fabrício Morango para nos ensinar uma técnica para conter o agressor que tenta estrangular pela frente. Veja o vídeo:
A cidade de Algarvia de Faro, em Portugal, receberá no dia 14 de agosto um evento que já acontece há anos no Brasil e na Europa, o Roll and Talk. Reunindo professores de Jiu-Jitsu e outros desportos, trata-se de um evento de estudo e integração entre as diversas modalidades. O evento contará com a participação do faixa preta Luiz Dias, colunista da TATAME e líder da GAS JJ, levando a arte suave como o elo de ligação e filosofia de vida.
Trata-se de um evento multidisciplinar, com Jiu-Jitsu, Defesa Pessoal e Caratê, que irá acontecer na box Crossfit Faro, celebrando a arte suave como estilo de vida, prometendo unir diversos desportos e cultura em uma celebração imperdível.
Será a sétima edição do Roll and Talk Jiu-Jitsu. A ideia do seminário será envolver, além do Jiu-Jitsu, assuntos como o Crossfit, Caratê, Defesa Pessoal, Técnica Corrida, Yoga, alimentação e tudo o que envolve o lifestyle na Arte Suave.
“O Jiu-Jitsu passa por grandes transformações. Cada vez mais associado a um estilo de vida com uma cultura e identidade própria, sem perder a essência da defesa pessoal. Esse evento tem o principal objetivo em difundir o Jiu-Jitsu e promover a integração entre todos os participantes de várias escolas/academias”, afirmou Luiz Dias.
Confira esta entrevista publicada pela revista lutas:
Cultura, movimentos corporais, disciplina, concentração,
companheirismo, responsabilidade e respeito pelos mais experientes, são
algumas lições que um praticante de Jiu-Jitsu levará para outras
situações de sua vida. O esporte vem se tornando cada vez mais popular, é
praticado dentro de várias instituições militares e ganhou espaço em
ONGS como uma das principais ferramentas de resgate de jovens em
situação de risco.
Vários atletas e mestres tem partido para fora do país, muitos declaram
que no exterior o esporte brasileiro é levado mais a serio do que no
próprio Brasil.
Os militares em particular, por conta do próprio oficio, tem um apreço
especial pelas artes marciais. Em várias cidades do Brasil militares da
reserva mantém academias de Jiu-jitsu e outras modalidades do mundo das
artes marciais.
Essa semana conversamos com Mestre ALFREDO MARQUES, militar na reserva, conhecido na Marinha como Comandante Silva Neto,
que atualmente ministra aulas de Jiu-Jitsu nos Estados
Unidos. O mestre, bastante experiente, tem uma visão bastante ampla
sobre as artes marciais e o potencial de desenvolvimento das mesmas no
nosso país. As respostas francas do oficial – mestre devem ser
observadas com atenção por aqueles que amam as artes marciais.
Bom dia Mestre Alfredo. Como o senhor conheceu o Jiu-Jitsu? Quando iniciou e como foi a sua trajetória?
Eu fui apresentado ao Jiu-Jitsu no início da década de 70, juntamente,
com meu irmão, fomos praticar na UERJ com o Professor Mauricio Lacerda,
mestre de Jiu-Jitsu, professor de educação física e um dos melhores
preparadores físicos do país na época. No início da década de 80, já
faixa preta, fui treinar com o grão-mestre Osvaldo Alves e seu maior
aluno e meu grande amigo, Sérgio Penha. Conquistei todos os títulos
possíveis na minha época. Não esqueço as sábias palavras do Mestre
Osvaldo: " Se queres ser um leão, treine com eles". E foi assim durante
muitos anos.
Existem milhares de atletas, muitos deles são faixa preta.
Contudo, poucos obtém sucesso e reconhecimento como verdadeiros mestres.
Pelo que fomos informados, além de mestre em Jiu-Jitsu, o senhor é
MILITAR das Forças Armadas Brasileiras. O senhor crê que algum legado
de sua vida militar lhe ajudou a obter sucesso e reconhecimento nessa
empreitada pós-serviço ativo?
A afinidade com a vida militar sempre esteve em meu sangue, contudo foi
o Jiu-Jitsu que forjou o meu caráter "a ferro e fogo". Tudo que
conquistei nessa vida devo ao Jiu-Jitsu. Contudo, a minha adaptação à
vida na caserna aconteceu de forma silenciosa, pois os três pilares de
sustenção são os mesmos "hierarquia, disciplina e culto às tradições".
Em 2012 fui honrado pelo meu Mestre Osvaldo Alves com a Faixa Vermelha e
preta, sendo devidamente, outorgada pelas CBJJ/IBJJF, diferentemente,
de muitos outros que colocam uma faixa na cintura sem poder honrá-la. Eu
sempre digo para meus alunos que sou militar, mesmo na reserva continuo
sendo militar no coração. No Corpo de Fuzileiros Navais aprendi muita
coisa que uso em minha aulas, principalmente, os princípios de guerra
que direcionam nossas ações em combate. A verdade é que sempre me
destaquei como professor de Jiu-Jitsu pelo fato de continuar a ser
militar dentro e fora dos tatames. A condução dos treinos, a organização
das aulas, o planejamento anual de treinamento, o fiel controle dos
alunos no tatame e, usando um termo militar, o total comando, controle e
coordenação de todas as atividades em campo (tatame), orientam minhas
ações no teatro de operações (tatame).
O militar, por ofício, atua desde cedo como instrutor ao lidar
com subordinados advindos das mais diversas classes sociais para neles
empreender verdadeiras metamorfoses, assim transformando “paisanos” com
seus diversos vícios, manias etc., em militares profissionais, com
formas de agir e reagir de acordo com a nova vida que escolheram levar.
Em artes marciais ocorre um processo similar, o neófito tem de assimilar
novos costumes, regras etc. Sabemos que o senhor mantém uma academia
nos EUA, em Las Vegas. O senhor observa alguma diferença entre os jovens
brasileiros e os norte-americanos. Maior facilidade ou dificuldade no
que diz respeito ao adestramento, concentração, subordinação à novas
regras?
Primeiramente, não tenho academia em Las Vegas. Estou estudando inglês
em uma escola aqui em Vegas e, por convite de meu grande mestre e amigo
Sergio Penha, estou dirigindo os treinos em sua Academia, enquanto ele
se recupera de uma cirurgia no quadril. Quanto aos americanos posso
dizer com propriedade, que devido às melhores condições de vida nesse
país, eles estão apresentando uma evolução muito grande no aprendizado
do Jiu-Jitsu e, em breve serão uma potência mundial nessa modalidade.
Eles são disciplinados, dedicados e tem muita vontade em aprender, não
importa o quê e nem como.
O Jiu-Jitsu da forma que o conhecemos, ou o Brazilian
Jiu-Jitsu, tem apenas pouco mais de 100 anos de história. Portanto, se
comparado com outras artes marciais, é um esporte jovem. Tendo se
relacionado com pioneiros da arte, e inclusive lutado com alguns membros
antigos da família Gracie, cremos que o senhor tem uma visão ampla do
que foi , do que é e do que pode ser o brazilian Jiu-Jitsu. Dito isso, o
que o senhor espera para os próximos anos para o Jiu-Jitsu no Brasil e
Mundo no que diz respeito à popularização, organização, controle de
rankings e graduações etc?
Não espero muita coisa vinda do Brasil, pois um país que não trata o
esporte seriamente, como ferramenta de desenvolvimento e inclusão
social, estará sempre fadado ao insucesso. Contudo, aqui nos EUA a febre
tomou conta do país. O americano está apaixonado pelo Jiu-Jitsu e se
dedica ao máximo para desenvolvê-lo. O calendário americano, em muito
menos tempo, superou o calendário brasileiro, em quantidade e qualidade.
O futuro do Jiu-Jitsu está aqui na América, e não tem mais volta, quem
não acreditar vai ficar para trás.
Atenciosamente,
Mestre Alfredo Marques (Comandante Silva Neto)
A entrevista foi publicada na Revista Sociedade Militar / Republicada na Revista Lutas, com autorização.